Imagem da lateral da busca
Limpa os float da busca

Especial: Resident Evil 4: Recomeço

Num mundo devastado por um vírus que transforma suas vítimas em zumbis sanguinários, a bela e mortal Alice (Milla Jovovich) continua a sua busca por sobreviventes em Resident Evil 4: Recomeço (Resident Evil: Afterlife), o impactante quarto filme da franquia extremamente bem-sucedida, Resident Evil. Em sua batalha contra os criadores da epidemia global que atingiu níveis sem precedentes, Alice se vê presa numa Los Angeles incendiada e tomada por milhares de mortos-vivos, enfrentando um perigo que ela não antecipava

SOBRE O FILME


Baseado na série de videogames homônimos de extraordinária popularidade da Capcom Entertainment, os filmes Resident Evil integram uma marca global que também inclui livros, produtos, coleções em DVD e mais.
Resident Evil 4: Recomeço (Resident Evil: Afterlife) começa quatro anos depois da epidemia inicial do T-vírus criado pela Umbrella Corporation para combater o envelhecimento e doenças degenerativas dos nervos. O efeito colateral indesejado do vírus, entretanto, é sua capacidade de reviver células mortas, transformando seus hospedeiros em vorazes zumbis. Após varrer o planeta, o vírus transformou o mundo num inferno irreconhecível, onde mortos-vivos em mutação acelerada caçam os últimos remanescentes humanos.
Retomando a história do ponto em que o filme anterior terminou, em Resident Evil 4: Recomeço (Resident Evil: Afterlife), Alice se encontra no Japão, armada com poderes sobre-humanos, liderando um exército de clones à sua semelhança contra seu velho adversário, o presidente da Umbrella, Albert Wesker. Após deixar Wesker à morte num confronto que destrói seu exército de clones de si mesma e que a destitui de seus superpoderes, Alice pilota um avião bimotor até a imensidão gelada do Alasca. Seu objetivo: encontrar sobreviventes na misteriosa Arcadia — aparentemente o único lugar na Terra que ainda não foi assolado pelo T-vírus.
Arcadia, contudo, não é a terra prometida, e o único sinal de vida que ela encontra lá é sua ex-companheira de batalha, Claire Redfield (Ali Larter), agora vítima de uma amnésia total. Em sua busca de respostas, e levando Claire a reboque, Alice chega à cidade arruinada de Los Angeles, onde ela conhece um pequeno grupo de sobreviventes entrincheirados num presídio desativado, mantendo, heroicamente, um exército de mortos-vivos à distância. Lá, ela descobre que Arcadia pode estar mais perto — e também ser mais mortal — do que ela imaginava.
Com Claire, pouco a pouco, recuperando a sua memória e as suas habilidades de combate, Alice lidera o bando de sobreviventes numa angustiante missão de resgate — e descobre algo ainda mais aterrorizante do que qualquer um poderia imaginar.
CIDADE EM CHAMAS:
SOBRE A PRODUÇÃO

Nos três primeiros capítulos da bem-sucedida franquia Resident Evil, Alice, uma guerreira zumbi quase indestrutível interpretada por Milla Jovovich, vai se vendo em predicativos cada vez mais desesperadores à medida que enfrenta a sinistra Umbrella Corporation e o exército sanguinário de mortos-vivos que a sua tecnologia criou. O quarto filme, Resident Evil 4: Recomeço (Resident Evil: Afterlife), inaugura um capítulo inteiramente novo na franquia, com efeitos e cenas de ação mais alucinantes do que nunca — desta vez, em 3-D.
Nas palavras do produtor Jeremy Bolt, “o filme tem armas pesadas, mulheres bonitas, cães com cabeças que explodem, cenários deslumbrantes. Mas, acima de tudo, tem a Milla, e ela arrebenta no filme”.
Paul W. S. Anderson, o criador da franquia, está de volta dirigindo Resident Evil 4: Recomeço (Resident Evil: Afterlife), após seu afastamento da direção nos dois filmes anteriores. “Eu senti falta de dirigir os filmes”, afirma Anderson. “Resident Evil sempre foi um playground rico para mim. Eu desapareci durante um mês jogando os dois primeiros games e quando, finalmente, saí da casca, eu estava com uma barba gigantesca”.
Anderson ousou neste novo filme, reinventando a franquia com efeitos mais espetaculares, cenários mais épicos e novos adversários aterrorizantes. “E nós filmamos com a última tecnologia 3-D e as câmeras usadas na filmagem de Avatar”, conta ele. “É realmente emocionante estar na vanguarda de uma nova tecnologia”.
O diretor começou a sua carreira filmando thrillers futuristas como Mortal Kombat e Event Horizon, filmes que, segundo o próprio cineasta, ele sempre imaginou em 3-D. “Eu queria levar o público a fazer uma imersão na ação, assim como nos simuladores de parques de diversão, como Back to the Future: The Ride”, explica Anderson. “Eu me sinto como um cineasta que está trocando os filmes mudos por filmes falados. Um momento como este na história do cinema, em que a tecnologia muda de modo tão radical e único, surge apenas a cada 30 ou 40 anos”.

Uma das franquias mais populares da história do cinema, os filmes Resident Evil são baseados nos videogames superpopulares do mesmo nome. Oito anos após a estreia do primeiro filme, a demanda do público continua em alta. “Do ponto de vista comercial, fazia todo o sentido rodar outro filme”, afirma Jeremy Bolt, produtor e parceiro de Anderson da longa data. “Cada um dos filmes teve um faturamento substancialmente maior que o do título anterior. Ao longo da jornada, o material evoluiu de um modo muito interessante e Paul amadureceu enquanto cineasta. Quando nós começamos, pensávamos que esses filmes se resumiam aos efeitos especiais e à sua ação. Agora, Paul está muito mais interessado na jornada emocional dos personagens”.
Resident Evil 4: Recomeço (Resident Evil: Afterlife) retoma a história do ponto em que terminou o terceiro filme, Resident Evil 3: A Extinção (Resident Evil: Extinction). “Alice conseguiu escapar, mais uma vez, das garras da Umbrella Corp”, conta o produtor Don Carmody. “Ela voa até o Alasca em busca de possíveis sobreviventes da epidemia. A aventura continua depois que ela reencontra uma velha amiga, e elas tentam descobrir o que aconteceu com os demais sobreviventes”.

O que elas descobrem em sua jornada é um mundo terrivelmente transformado e devastado pelo T-vírus. Poucos seres humanos ainda sobrevivem e os mortos-vivos se tornaram mais fortes e muito mais inteligentes. O palco de grande parte da ação é uma representação infernal da Los Angeles nos dias de hoje. “Paul teve uma ótima ideia”, afirma Bolt. “No último filme, nós tínhamos uma Las Vegas pós-apocalíptica. Desta vez, estamos trabalhando com a ideia de uma Hollywood enfrentando o chamado ‘inverno nuclear’”.
O cenário foi inspirado nas queimadas florestais que devastaram os arredores de Los Angeles na época em que Anderson começou a escrever o roteiro. “Mesmo com toda a nossa moderna tecnologia atual e a ação de milhares de bombeiros, ainda assim é preciso semanas e semanas para controlar esses incêndios florestais”, observa ele. “E eu comecei a pensar — o que aconteceria se não restasse nenhum ser humano para combater essas ocorrências naturais? Os incêndios desceriam encostas abaixo e atingiriam a cidade de LA, atravessando Beverly Hills, descendo o Sunset Boulevard, passariam pelo letreiro de Hollywood e o fogo continuaria seu caminho. Essa é a Hollywood que nós retratamos no filme. É uma cidade em chamas, o que considero uma imagem muito original”.

Neste cenário desconhecido, Alice precisa encarar um novo desafio: a sua própria mortalidade. “Ao longo da série dos três primeiros filmes, Alice desenvolvera poderes sobre-humanos como resultado da mutação causada pelo T-vírus”, explica Anderson. “Quando enfrentava alguns zumbis, ela podia fazê-los explodir. Se ela fosse mordida, ela simplesmente se regenerava. Eu achei que ela tinha chegado a um ponto em que a gente nem sentia mais medo dela. Se fôssemos fazer outro filme, Alice teria de perder os seus poderes. Nós a levamos de volta ao ponto em que ela se encontrava no primeiro filme: uma guerreira habilidosa, mas simplesmente humana”.
E à medida que Alice se torna mais vulnerável, os zumbis estão evoluindo e se transformando em adversários ainda mais perigosos. “Um dos pontos fortes dos games que nós incorporamos na franquia cinematográfica é o modo como os mortos-vivos evoluem”, conta Anderson. “Eles vão ficando diferentes, mais interessantes e mais arrepiantes a cada nova aventura, e também se tornam adversários mais difíceis. Os zumbis deste filme estão mudando mais rápido do que os seres humanos são capazes de evoluir”.

“Você começa a se perguntar se algum dia eles vão se tornar mais evoluídos que os seres humanos e se tornaram uma raça viável”, continua ele. “Com o mundo semidizimado, quem serão os verdadeiros herdeiros da Terra? Serão os últimos sobreviventes da humanidade ou as criaturas que querem devorar os últimos vestígios da humanidade? Você começa a se perguntar se os mortos-vivos são a nova ordem mundial e os seres humanos que restam são como os últimos dinossauros”.
Encontrar focos ocultos de sobreviventes se tornou cada vez mais difícil para Alice, que vive constantemente sob a mira da Umbrella Corporation. “A gente costuma brincar que se você a vir vindo na sua direção, a primeira coisa que você deve fazer é correr”, afirma Anderson. “Mesmo que ela diga, ‘eu vou cuidar de você’, muito provavelmente, até o fim do último rolo do filme, você vai estar morto. É como o seriado da TV, Murder She Wrote. Se aquela personagem vier passar o fim de semana na sua casa, você deveria fugir correndo, porque alguém vai ser assassinado”.
Mas além da adrenalina e da ação, Resident Evil 4: Recomeço (Resident Evil: Afterlife) conta uma história emocionante que continua a repercutir junto ao público, afirma o diretor. “Ele sempre abarcou ideias ambiciosas, como o conceito de uma corporação de práticas antiéticas como o verdadeiro inimigo”, observa Anderson. “Esse é um conceito um pouco mais ambicioso do que os dos filmes tradicionais de terror ou de ação e terror. E são essas premissas mais complexas que explicam a longevidade desses filmes e por que estamos rodando o quarto”.
“O espírito humano brilha com muita intensidade nos filmes Resident Evil”, prossegue ele. “É um raio de esperança e é por isso que Alice é capaz de continuar vivendo e continuar lutando. No último filme, nós a vimos perambulando pelo deserto, basicamente por conta própria. Ela havia se tornado uma cética desiludida. Ao final daquele filme, começava a surgir uma amizade entre ela e outra sobrevivente, Claire Redfield, cuja continuidade nós testemunhamos neste filme. É uma das coisas mais auspiciosas da franquia”.
A BUSCA DE SOBREVIVENTES:
ESCALANDO O ELENCO DE RESIDENT EVIL 4: RECOMEÇO

O elenco de Resident Evil 4: Recomeço (Resident Evil: Afterlife) apresenta alguns nomes novos, bem como vários rostos já conhecidos pelos fãs da franquia. Mas não importa o quanto um personagem se torne popular, adverte Anderson, não há garantias de sobrevivência no mundo brutal e futurista do filme.
“A franquia Resident Evil se tornou conhecida por trazer personagens populares de volta em novas aventuras”, comenta Anderson. “Também é famosa por eliminá-los sem aviso prévio. Nós deixamos claro que simplesmente porque você é um personagem importante no videogame e participou do último filme, isso não significa que não vamos matá-lo neste filme. Foi o que nós fizemos com vários personagens no último filme. Eu acho que isso cria um nível de incerteza nos filmes da franquia que os torna assustadores de verdade”.
A franquia, todavia, tem uma constante: Alice, interpretada por Milla Jovovich. “Alice é a heroína suprema”, afirma o produtor Don Carmody. “Ela é uma combinação de Mulher Maravilha e Indiana “Jane”, e ela quebra tudo e coleciona vítimas”.
Após oito anos e quatro filmes, Jovovich conhece o papel melhor do que ninguém, segundo Anderson. “Quando eu conversei pela primeira vez com ela sobre Alice, usei como referências Clint Eastwood nos filmes Dirty Harry, Charles Bronson e Steve McQueen. Eram personagens existenciais, que eram muito cool. Muitos homens vêm tentando ser o novo Clint Eastwood ou o novo Steve McQueen, mas poucas mulheres interpretaram personagens assim de modo tão convincente quanto a Milla”.
Na verdade, Jovovich é uma das poucas mulheres bem-sucedidas como âncora de uma franquia de ação. “Sigourney Weaver desfrutou de um sucesso semelhante com a franquia Alien”, ressalta Anderson. “Acho que pelo mesmo motivo: ela é uma ótima atriz que realmente nos faz acreditar em alienígenas e naquele mundo exótico de ficção científica. Milla faz a mesma coisa conosco”.
Segundo Jovovich, ela se apegou ao papel ao longo desses anos. “Eu sempre fico empolgada para saber aonde ela irá em seguida”, explica a atriz. “Ela se tornou uma parte tão importante da minha vida. Quando mais fundo eu mergulho nesse mundo, mais ela se torna praticamente parte de mim”
A personagem evoluiu desde o primeiro filme, de acordo com Jovovich. “Alice começou como uma personagem inocente que não se lembra de nada do que lhe aconteceu. Ao final, ela descobre que ela causou o acidente que levou à epidemia do T-vírus. E no segundo filme, ela está tomada pela culpa e pelo desprezo que sente por si mesma.”
A cada nova aventura, Anderson tenta dar a Jovovich novos desafios. Em Resident Evil 4: Recomeço (Resident Evil: Afterlife), ele a faz interpretar todo um exército de clones de Alice. Jovovich vibrou com o papel múltiplo. “Eu sou só uma, obviamente”, comenta Milla. “Mas preciso interpretar todas aquelas Alices. Eu também quis usar de toda a minha criatividade e, por isso, cada Alice possui a sua própria identidade. Elas não são cópias em papel carbono umas das outras”.
As caracterizações foram tão sutis, segundo Anderson, que foi somente quando eles começaram a editar o filme que ele realmente se deu conta das suas sutilezas. “Foi somente quando montamos as três Millas juntas que eu percebi que elas eram, na verdade, três personagens completamente diferentes. Esta franquia é da Milla, e ela a mantém viva se dedicando 1.000% a ela. O público vê a sinceridade e a integridade em tudo o que ela faz, e isso é o que os faz acreditar nesses filmes”.
Resident Evil 4: Recomeço (Resident Evil: Afterlife) marca o reencontro de Alice com outra sobrevivente do filme anterior, Claire, interpretada por Ali Larter. Jovovich tem com sua coprotagonista a mesma amizade que Alice tem com sua companheira de luta. “Nós realmente formamos uma boa dupla”, afirma Jovovich. “Ela traz muito realismo ao material. É um prazer trabalhar com uma atriz tão forte, inteligente e bonita. Isso me estimula a dar o meu melhor, e acho que eu a estimulo a ser cada vez melhor. É muito bom trabalhar com alguém que nos inspira”.
Larter adorou ser convidada por Anderson para voltar num papel que se tornou icônico para ela. E também estava ansiosa para voltar a contracenar com Jovovich. “Uma das coisas únicas nessa história é o fato de contar com duas protagonistas femininas fortes”, afirma Larter. “Tanto Alice quanto Claire são guerreiras, mas Alice é uma figura mais mítica, enquanto Claire representa o componente humano. Ela tem um espírito indestrutível. Ambas fazem o que for preciso para sobreviver, mas elas também precisam cuidar de muitas outras pessoas”.
Claire, que foi vista pela última vez a bordo de um helicóptero com um grupo de sobreviventes rumando para o que eles imaginavam ser um porto-seguro, Arcadia, no Alasca, e teve quase toda a sua memória apagada, é descoberta por Alice vagando pela imensidão gelada. “Ela opera, basicamente, no modo de sobrevivência”, explica Larter. “No último filme, Claire relutou, mas acabou se tornando a líder do seu grupo. Neste filme, isso já se tornou o seu instinto natural. Assim que ela se dá conta disso, ela começa a cumprir o seu verdadeiro destino.”
Filmar em 3-D elevou o nível da franquia, na opinião de Larter. “Nós estamos na vanguarda da tecnologia 3-D com este filme e é emocionante testemunhar algo novo sendo criado”, afirma. “Essa é a visão de Paul Anderson acerca do que acontece com o fim do mundo. Restam zumbis, violência e a luta pela sobrevivência. Rodando o filme em 3-D, nós fizemos essas imagens pegarem fogo”.
Apesar dos avanços tecnológicos empregados no filme, alguns aspectos da produção ainda exigem que os atores interpretem sequências de ação exaustivas diante das câmeras. “Eu e a Milla adoramos fazer as nossas próprias cenas de ação e parte da diversão deste filme é seu nível de exigência física”, afirma Larter. “Nós filmamos sob chuvas torrenciais e atoladas em 15cm de lama. Enquanto todo mundo escorregava e derrapava, eu estava com a cara enfiada na lama e quando olhei para cima, vi mais de 100 pessoas, em galochas, chapéus e capas de chuvas, todos bem protegidos, e eu pensei: esse é mesmo o meu trabalho?”
Em cada um dos filmes anteriores, Alice forma uma família substituta com os demais sobreviventes que ela encontra. Desta vez, Anderson acrescentou um relacionamento real entre irmão e irmã, apresentando um dos personagens mais populares do game, Chris Redfield, o irmão de Claire. “Eu adoro essa dinâmica familiar que Paul acrescentou”, afirma Larter. “Acho que isso dá uma base ao filme com a qual o público pode se identificar. Mas em nenhum momento nós entramos num clima de reencontro, tipo ‘Puxa, meu irmão que eu não via há tanto tempo’. Na verdade, o reencontro é um momento bem violento”.
Wentworth Miller, recém-saído de quatro anos no papel de Michael Scofield no seriado Prison Break, está atrás das grades quando seu personagem é apresentado no filme. “Chris Redfield trabalhava numa unidade militar que usava o presídio como um entreposto de apoio quando estourou a epidemia”, explica ela. “Quando os detentos foram soltos para ajudar no combate contra os zumbis, eles confundiram Redfield com um dos carcereiros e o deixaram trancado numa cela de segurança máxima da prisão”.
Segundo Miller, ele hesitou inicialmente em aceitar o papel. “Quando eu recebi o roteiro, eu pensei que era alguma pegadinha”, explica Miller. “Você é apresentado ao meu personagem numa prisão, e a primeira coisa que ele diz é, ‘eu conheço uma saída’. Mesmo sendo um ótimo papel e uma franquia genial, eu achava que era familiar demais. Mas depois de um tempo, eu adquiri uma perspectiva diferente. Se você não me conhece de Prison Break, então, vai assistir a esse filme e não vai ver nada de inoportuno. Para quem me conhece, será uma pequena homenagem para os fãs que seguiram Michael Scofield por 81 episódios. De certo modo, é a minha chance de dar àquele personagem um final diferente”.
Chris e Claire Redfield foram separados pouco depois que o T-vírus se espalhou. Ambos imaginavam que o outro estivesse morto há muito tempo. “Ele vai sair da cela onde foi mantido preso durante anos e, de repente, dá de cara com a irmã que não via há tanto tempo”, conta Miller. “O choque e reconhecimento inicial dão lugar à emoção, mas, ao mesmo tempo, é Resident Evil. Assim que a cena começa a adentrar um território sentimental, ocorre uma mudança, e os dois personagens começam a entrar em conflito”.
A exemplo de todos os demais envolvidos com a franquia, Miller tem um enorme respeito pelos seus leais fãs. “Em minha opinião, é um sucesso garantido. Resident Evil 4: Recomeço (Resident Evil: Afterlife) faz o que a franquia já vem fazendo, há oito anos, que é explorar esse magnífico, rico e lúgubre cenário pós-apocalíptico. Tem os sustos, gritos e arrepios, mas também personagens interessantes e convincentes com os quais podemos nos identificar vicariamente. Nem por um segundo você quereria passar pelo que Alice, Claire ou Chris estão passando, mas é uma tremenda aventura
ACRESCENTANDO A PRÓXIMA DIMENSÃO:
FILMANDO EM 3-D
Dos abrigos subterrâneos de alta tecnologia da Umbrella Corp em Tóquio ao panorama de uma Los Angeles incendiada, Resident Evil 4: Recomeço (Resident Evil: Afterlife) está repleto de sets alucinantes, cenas de ação de cair o queixo e efeitos visuais impressionantes que exploram todos as vantagem da tecnologia 3-D.
“Quando eu estava escrevendo o roteiro, eu sabia que ele seria um filme 3-D”, conta Anderson. “Eu procurei inserir nele situações e cenários que se prestassem bem ao 3-D. Eu acredito seriamente que o 3-D inaugura um novo paradigma no cinema atual. Em breve, ele se tornará o padrão da indústria, e é emocionante produzir um dos filmes pioneiros no uso do verdadeiro 3-D. E eu digo ‘verdadeiro’, porque nós rodamos o filme com tecnologia tridimensional. Não é algo que foi filmado em 2-D, com o elemento 3-D acrescentado na pós-produção”.
Uma das qualidades mais excitantes do 3-D é sua habilidade de levar o espectador a fazer uma imersão na história, afirma o diretor. “Ele suga o público para dentro daquele ambiente. Eu o compararia à evolução dos sistemas de som nos cinemas desde que eu era criança. O som não sai mais apenas da frente da sala de projeção, há alto-falantes espalhados pelos cinemas e no fundo das salas, o que acabou fazendo com que o áudio envolva completamente o espectador. Agora, com o 3-D, a imagem está fazendo aquilo que o som já vem fazendo há 20 anos. Ela ajuda você a fazer uma imersão no mundo que é retratado no filme”.
Filmar empregando a nova tecnologia exigiu ajustes em virtualmente todos os aspectos do processo de produção. “Eu tive a sorte de contar com colaboradores muito bons”, elogia Anderson. “Tanto Arvinder Grewal, o nosso desenhista de produção, quanto Dennis Berardi, o supervisor de efeitos visuais, colaboraram na criação do filme comigo antes mesmo de rodarmos um único fotograma”.
No filme, a sede da Umbrella Corp é bem iluminada, sofisticada e organizada. Do lado de fora, no mundo pós-apocalíptico, predominam as cores cinzentas e marrons, com uma névoa de poeira sempre pairando no ar. O futuro imaginado no filme surgiu das palavras escritas por Paul, comenta Grewal. “Paul criou dois universos opostos: o mundo subterrâneo da Umbrella Corp e a devastação do planeta na superfície. A Umbrella tem tudo, ou se não tem, eles sabem como conseguir. Enquanto isso, o resto do mundo luta pela sobrevivência. O nosso planeta do futuro é fruto do choque entre esses dois mundos”.
O modo como Berardi realizaria esses conceitos era crucial num filme em que as locações eram uma combinação de efeitos visuais com sets físicos. “Criamos uma paisagem de uma Los Angeles dizimada”, explica ele. “É uma LA como você nunca viu. Também destruímos Tóquio. Algumas tomadas incluem mais de 500 mil zumbis. O nosso objetivo sempre foi integrar os nossos efeitos de modo imperceptível ao estilo visual do filme a fim de que você não note o que foi criado digitalmente e o que é real”.
“O uso da tecnologia 3-D torna a franquia ainda melhor”, continua ele. “É como pôr um ponto de exclamação em tudo. O 3-D torna os efeitos visuais ainda mais excitantes. Ele faz com que você se sinta inserido na história, o que é um novo aspecto visual”.
Resident Evil não seria o mesmo sem um grande favorito dos espectadores e dos gamers, os cães. “Esta é a quarta vez que nós os vemos no cinema, e eles estão horrendos, porque também vêm se adaptando ao vírus, há quatro anos”, conta o supervisor de efeitos especiais de maquiagem, Paul Jones. “Mas os cachorros agora estão muito mais elaborados do que seus antecessores. Eu não vejo a hora de ver esses cães na tela grande”.
Jones também foi o responsável pela criação do novo visual dos zumbis mutantes. “Nós temos zumbis que saem debaixo da terra”, diz ele. “Temos zumbis na água. E temos o que eu chamo de zumbis de LA. E foi um trabalho divertido criar as distinções entre eles. Há mortos-vivos vivendo nos sistemas de esgotos, abaixo da superfície, que usam os dentes e as unhas para abrir passagem pelo concreto, barras de aço e terra”, continua ele. “Isso fez com que fossem arrancados os seus lábios, parte do seu tecido facial e da ponta dos seus dedos. E como consequência da mutação do T-vírus, eles têm essas belas mandíbulas saindo de suas bocas”.
Glenn MacPherson, o diretor de fotografia do filme, que também filmou The Final Destination em 3-D, afirma que a maior surpresa da sua equipe foi o volume de equipamentos necessários. “É um maquinário pesado”, afirma ele. “A primeira vez que nós preparamos uma tomada, metade do estúdio era o set e a outra metade estava inteiramente ocupada pela tecnologia”.

Embora em grande parte das filmagens, MacPherson tenha usado câmeras duplas Sony F35, Resident Evil 4: Recomeço (Resident Evil: Afterlife) é o primeiro filme rodado em 3-D a usar câmeras Phantom duplas em algumas cenas. As Phantoms, que foram desenvolvidas pela NASA para registrar rachaduras minúsculas e pressões nas chapas cerâmicas do Ônibus Espacial durante seu lançamento, filmam a uma velocidade de 1.000 fotogramas por segundo (fps) ou mais, enquanto as câmeras-padrão de cinema filmam a 24 fps.
Segundo MacPherson, a Phantom foi usada, sobretudo, nas cenas com projéteis de armas de fogo ou gotas d’água. Um desses casos foi a cena do cruzamento nas ruas de Shibuya no Japão quase na abertura do filme. “Filmar gotas de chuva a 200 fps é fantástico. Você pode acompanhar cada gotícula individual enquanto ela cai até o asfalto. 200 fps faz com que o tempo regular pareça quatro vezes mais lento do que o tempo real. Filmar a 1.000 fps significaria que você poderia sair do cinema, comprar outro balde de pipoca e voltar a tempo de ver o final da tomada”.
Inovações tecnológicas de última geração podem, às vezes, ser um teste para a ingenuidade dos cineastas. “A maior parte dos equipamentos de filmagem convencionais não funciona para os nossos propósitos”, explica Anderson. “Os racks estabilizados, o maquinário de motion control e as gruas das câmeras de alta tecnologia, tudo foi construído para câmeras leves ou digitais. A câmera 3-D é, basicamente, composta por duas câmeras acopladas, ou seja, é extremamente pesada. Nós não podíamos instalá-las no equipamento disponível. Técnicas com as quais nos habituamos há 20 anos, como os sistemas de apoios de Steadicam, não funcionavam mais. Nós acabamos pondo nosso operador de câmera de pé em um Segway, e o resultado ficou idêntico a uma tomada de Steadicam”.
Até as cenas de ação que são a marca registrada da franquia foram adaptadas ao 3-D. Dublê experiente, Jovovich ainda teve mais uma surpresa. “Você pode recorrer a muitos truques numa filmagem 2-D que simplesmente não funcionam no 3-D — como dar um simples soco”, observa a atriz. “No 2-D, você agride uma pessoa, o outro ator cai para trás, você acrescenta os efeitos de sonoplastia e todos acreditam naquele soco. No 3-D, com a cobertura de quase 360 graus que você obtém com os conjuntos de câmeras duplas, a gente percebe se a sua mão não tocar no rosto do seu coadjuvante. Nós estávamos fazendo uma sequência de luta, e eles ficavam me dizendo, ‘mais perto, mais perto, mais perto’, até que eu acertei mesmo a cabeça da outra pessoa. É uma superexperiência 3-D! Não é mais apenas um ator atuando — você pode realmente se machucar neste filme!”

Tudo isso somado resulta num filme Resident Evil totalmente diferente, segundo Anderson. “Mesmo que você tenha assistido aos outros filmes, eu garanto que você nunca viu nada como este. Ele vai reinventar a franquia Resident Evil e renová-la para o público. Os espectadores que assistiram a todos os quatro filmes me disseram que não parece ser Resident Evil 4. Parece ser Resident Evil 1. É como o começo de toda uma nova franquia












Fonte: Cinepop.com.br

0 comentários:

Postar um comentário